A edição de imagens não é novidade. Desde que a fotografia foi inventada, pequenos retoques e até mesmo alterações mais audaciosas são realizadas com frequência. Após a década de 1990, com a invenção do Photoshop, as manipulações visuais se tornaram ainda mais presentes. E agora, com o advento da inteligência artificial (IA), as edições chegaram a um nível que até mesmo profissionais da área têm dificuldade em distinguir o real do artificial.
Embora essa complexidade seja muitas vezes explorada com fins maliciosos, é fundamental destacar que, quando usada de forma responsável, a tecnologia pode sim ter um valor artístico. É preciso apenas tomar certos cuidados, tanto para a própria segurança do usuário quanto para a das demais pessoas.
Ao falar em segurança, por exemplo, é importante frisar o uso de programas de cibersegurança, como uma VPN, para garantir a proteção de dados pessoais, como o IP, durante o emprego de ferramentas de IA.
“Mas o que podem fazer com meu IP?”, poderia perguntar um usuário comum. A resposta é que muitos serviços de IA não são seguros e podem ocasionar o vazamento do IP do usuário, acarretando exposição das suas atividades e, assim, comprometendo sua privacidade.
Já em relação à idoneidade das figuras criadas, é crucial saber reconhecer quando uma imagem é gerada por IA e evitar apresentá-la como uma fotografia autêntica. Para ajudar a fazer isso, abaixo estão algumas maneiras práticas de diferenciar fotos reais de criações de IA.

1. Mãos e dedos
Olhar para as mãos é uma das maneiras mais fáceis de identificar uma imagem gerada por IA. Embora essas ferramentas tenham melhorado muito com o tempo, elas ainda têm dificuldade em renderizar os dedos de forma correta. Não é incomum os usuários se depararem com dedos extras, fundidos ou alongados. Em outros casos, também se podem encontrar mãos com um posicionamento pouco anatômico.
2. Texto e letras estranhas
Assim como as mãos, os textos são outro ponto fraco da IA. Ainda é muito difícil para essa tecnologia gerar textos coerentes em imagens. Ao notar placas, capas de livros ou qualquer conteúdo escrito em uma imagem, basta inspecionar as palavras com cuidado e perceber se há incoerências, como letras mal colocadas ou caracteres que lembram uma mistura de alfabetos diferentes. Se as palavras não fizerem sentido, é um sinal claro de imagem artificial.
3. Cabelos e detalhes sutis
O cabelo é outro ótimo indicador de geração artificial de imagens. Enquanto mexas reais são tipicamente distintas e seguem um fluxo natural, o cabelo criado por IA pode parecer excessivamente liso, borrado ou até mesmo estar fundido com objetos ao redor. Às vezes, os fios podem ainda se misturar artificialmente com a pele ou apresentar texturas pouco naturais em diferentes seções do cabelo.
4. Simetria e geometria incomuns
Não é raro que imagens geradas por IA tenham geometria ou perspectiva inconsistentes. Prédios podem ter bordas distorcidas, paredes podem não estar alinhadas corretamente e objetos simétricos (como olhos ou orelhas) podem parecer desalinhados. Se uma imagem incluir reflexos, a situação fica ainda mais clara: a IA tem muita dificuldade em replicar efeitos de espelho com precisão.
5. Excesso de brilho
Outro aspecto bastante comum é a presença de brilho artificial ou texturas extremamente lisas. Principalmente quando tenta retratar a pele, a IA peca ao não reproduzir com exatidão as diferenças de textura. Os olhos também costumam apresentar um brilho não natural, muitas vezes muito uniforme ou irreal.
6. Distorções de fundo
Com frequência, a IA se concentra com mais afinco no assunto principal da imagem, deixando o pano de fundo de lado. Com isso, é comum encontrar distorções ou erros no segundo plano, como figuras com aparência derretida ou objetos deformados. Tendo isso em mente, basta uma rápida olhada nos arredores de uma imagem para detectar essas anomalias e perceber que se trata de algo artificial.
Diferenciar retratos reais daqueles gerados por IA pode ser desafiador. Mas saber exatamente quais detalhes buscar numa imagem pode tornar a tarefa bem mais simples. Basta olhar com cuidado para notar imperfeições clássicas, como mãos deformadas ou texturas pouco naturais nos cabelos, e rapidamente identificar quando uma imagem é, na verdade, uma criação artificial.
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